terça-feira, 10 de setembro de 2013

Vitalius Sorocabae

     Foi-me pedido para escrever sobre a V. Sorocabae. O que para mim foi um grande desafio, pois dos animais que se encaixam dentro do filo Arthropoda, que menos me chama atenção são os aracnídeos. Mas vamos ao que interessa de fato, informações sobre como se criar V. Sorocabae

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Família: Theraphosidae
Gênero: Vitalius
Espécie: Vitalius sorocabae 

Habitos: Terrestre, errante, fossorial. Sobretudo fossorial.
Significados:
ErranteSão errantes as aranhas, que não tecem teia. Normalmente Capturam presas esperando a aproximação de suas vítimas para em seguida subjugá-las após um rápido ataque. 
Fossorial: São aranhas que têm hábito de se enterrar.

Temperamento: São apreciadas por serem aranhas calmas, mas é preciso cuidado, isso varia muito de individuo para individuo. 

Temperatura: A temperatura IDEAL varia entre 22ºC e 27 ºC. 

Umidade: Em torno de 60% a 70%. Alguns criadores utilizam até 75%. Porem, trata-se de uma espécie resistente aos descuidos de criadores desavisados, podendo aguentar taxas mais baixas.

Tempo de Vida: Machos entre 6 e 9 anos e a fêmea 10 e 15 em habitat natural. Em cativeiro à casos que ultrapassam os 15 anos.

Tamanho: Até 18 cm.

Alimentação: Sua dieta inclui grilos, baratas e gafanhotos, podem eventualmente comer filhotes de roedores.

Reprodução:Normalmente a reprodução desta espécie é fácil. As fêmeas aceitam os machos com facilidade. As ootecas demoram aproximadamente 2 meses para serem postas e entre 1 a 2 meses para eclodirem e dela saem aproximadamente 600 slings com mais ou menos 0,4 mm.
O crescimento dos slings é quase sempre lento, no entanto mais veloz do que em espécies do mesmo gênero como Vitalius longisternalis ou Vitalius paranaensis.


Ok, mas como colocar meu casal para cruzar? 
"O macho tece, regularmente, a teia espermática, na lateral do terrário, a qual se parece com uma “barraca”, na qual ele deposita o esperma e, posteriormente, entra em baixo desta, com a parte dorsal voltada para baixo e as patas para cima, recolhendo o esperma com os bulbos (como se fosse uma seringa de injeção), só depois ele estará apto a copular com uma fêmea. É necessário colocar o macho no terrário da fêmea logo após ele fazer esse procedimento, para garantir uma maior chance de a fêmea ser copulada. O macho fica vários dias com o esperma “ativo”, mais quanto antes melhor. O clima adequado é quente (verão).

Coloca-se o macho dentro de um pote com furos (qualquer pote plástico que tenha espaço para o animal se mover um pouco serve), e coloca-se este no terrário da fêmea (relembrando que a fêmea deve estar maturada). O pote deve estar bem fechado, apenas com os furos de cerca de 1 cm, para a fêmea não entrar e matar o macho. A fêmea também deve estar bem alimentada para reduzir os riscos de ela matar o macho após a cópula. Com o passar dos dias (geralmente leva cerca de uma semana) a fêmea se aproxima de uma forma menos agressiva e começa a vibrar e bater com as patas no chão, próximo ao pote do macho. Este é o momento de soltar o macho do pote com a fêmea, e ficar bem atento e preparado para a separação em caso de briga. Sempre se deve estar em mãos com algo para separar (uma prancheta para papeis ou uma régua) e um pote para prender e retirar o macho. A cópula pode demorar poucos minutos ou até horas, e durante todo o processo deve se estar atento. Quando os dois estiverem se separando, deve-se rapidamente interferir com algo (a régua ou a prancheta) e já colocar o pote sobre o macho e retirá-lo do terrário.

Para uma maior porcentagem de sucesso, pode-se repetir a operação, no dia seguinte, copulando o macho com a fêmea novamente e seguindo todo o processo já descrito anteriormente. Alguns criadores copulam mais de cinco vezes seguidas seus animais."

Curiosidade
"O dimorfismo sexual nas aranhas, é caracterizado pela presença de bulbo copulador (localizado nas extremidades dos pedipalpos) nos machos. O acasalamento ocorre com o macho introduzindo o bulbo copulador, contendo o esperma, na abertura genital da fêmea. Após o acasalamento, o conteúdo espermático fica armazenado numa estrutura denominada espermateca. Os ovos são fertilizados no momento em que a fêmea realiza a postura. Para armazená-los, é construída uma bolsa, elaborada com fios de seda, chamada ooteca"

Dica para terrário
Um terrário de 40x30x35 está de bom tamanho para uma Vitalius Sorocabae adulta. Recomenda-se colocar 15 cm de substrato, pois como já vimos acima é uma animal com hábito fossorial. Deve-se misturar aproximadamente 65% de terra para 35% de pó de coco e casca de pinus. Deve ter um esconderijo.
Obs: Se houver o esconderijo ela poderá trocar o hábito de se enterrar por se esconder no mesmo. Faz-se, assim, desnecessário os 15 cm de substrato e a altura do terrário pode ser adaptada para medida inferiores. 


DOWNLOADS
(Informações complétas sobre maturação, sexagem, reprodução e etc)
Manual de criação - Caranguejeirar
Página do Download 
as

Vídeo ilustrativo 

Falar sobre esta espécie é um assunto muito amplo. Como faço em todos os post aconselho e pesquisar mais. Escrevi apenas um resumo. 

Fontes:

3 comentários:

  1. Eu queria saber se possível quantas ecdises são necessárias para um espécime chagar ao adulto?

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    1. Quantas ecdises não encontrei em lugar nenhum, mas sei que demora de 3 a 4 anos e os machos maturados possuem as extremidades dos pedipalpos em forma de luva de boxe, do qual existe uma grande protuberância. Já as fêmeas eu não sei dizer. Uns dizem que da para saber pela idade, outros quando chega a um tamanho considerável.

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  2. Um espécime macho é considerado maturado a partir do momento em que aparecem os bulbos nos pedipalpos? Estou perguntando pois tenho um que após a última ecdise apresentou as protuberâncias, mas a idade e de um ano e meio e o tamanho não é de um espécime adulto.. e tbm nao superalimento.

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