sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Procambarus clarkii (Lagostim Vermelho)

Bom dia, hobbystas. Hoje preparei um post sobre um invertebrado muito comum no cardápio de muitos brasileiros: O Lagostim Vermelho ou Procambarus clarkii. Pra falar a verdade é um animal que eu adoraria ter como pet, porem sua venda e criação no Brasil está proibida. Vamos la?
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Família: Cambaridae
Género: Procambarus
Espécie: Procambarus clarkii
Nome Comum: Lagostim-vermelho, lagostim-americano ou lagostim-do-louisiana

Tempo de vida: Em torno de 4 anos.

Tamanho máximo: Até 12 cm.

AlimentaçãoOnívoro, com dieta preferencial carnívora.

Temperamento: "Territorial e agressivo, não podem ser mantidos com outros animais em cativeiro. Têm comportamento canibal, especialmente se criado em altas densidades. [...] Destrói plantas ornamentais. Tornam-se vulneráveis após a ecdise, podendo ser atacados por peixes e outros lagostins."

Origem: Sua distribuição nativa original é a região nordeste do México e centro-sul dos EUA. É uma espécie invasora na Europa, Ásia, África, América Central e do Sul, inclusive no Brasil.

Temperatura: Entre 21º e 27º C.

HábitosNoturnos, permanece entocado durante o dia. As lutas territoriais ocorrem à noite e em condições de frio permanece entocada.

Características: "Aspecto usual dos lagostins, corpo dividido em cefalotórax e um abdômen alongado, segmentado. Garras simétricas, bem desenvolvidas. Quatro pares de pernas ambulatórias, antenas longas e flexíveis. Adultos costumam ter uma coloração vermelho escura, ou em tons de marrom. O abdômen pode mostrar uma mancha mais escura, em forma de cunha. As garras possuem tubérculos vermelho-vivo. Os filhotes costumam ter uma coloração acinzentada, eventualmente com bandas escuras.
Embora a variedade selvagem vermelha seja a mais comum, existem diversas outras, como a azul, branca e laranja."
Significados: 
Cefalotórax: Em zoologia, chama-se cefalotórax a parte do corpo dos artrópodes (exceto no subfilo Chelicerata) que agrupa a cabeça e o tórax.
Pernas Ambulatórias: Sem qualquer modificação em quaisquer de suas parte. São adaptadas para andar ou correr. Segue a imagem:














No habitat natural: "É um animal extremamente adaptável, tolerante e fecundo, é considerada a espécie de crustáceo decápodo com a maior plasticidade ecológica. Habita variados ambientes aquáticos, desde lagos, cursos de água, até áreas de transição que sofrem alagamentos periódicos. Ocorrem também em áreas agrícolas, canais de irrigação e reservatórios."

Sexamento:


Reprodução: Sexuada. Reproduz-se em qualquer época do ano de 2 a 3 vezes ao ano. "A fêmea se entoca e termina a maturação dos ovos, libera-os, e neste momento são fertilizados. A fêmea adulta pode sobreviver emersa, dentro da toca, em alta umidade, mas para a oviposição é necessário um local aquático. Eventualmente a oviposição pode se dar em águas livres. Uma fêmea grande pode produzir até 500 ovos, são ovos pequenos, menores do que outros lagostins, medindo 0,4 cm de diâmetro. Estes permanecem fixos nos pleópodes abdominais, e o período de incubação dura 3 semanas. Após nascerem, os filhotes permanecem fixos à região abdominal da fêmea por 8 semanas, caracterizando cuidado parental. Neste período passam por duas ecdises. Os filhotes crescem rapidamente, atingem 2 cm em um mês, e 8 cm em três meses. Atingem maturidade sexual com cerca de 6 cm."
Após a eclosão dos ovos o macho deverá ser separado da fêmea e dos filhotes para que não coma os pequenos lagostins. A fêmea deverá receber alimentação reforçada para que o mesmo não aconteça.

Curiosidade/reprodução: "Um aspecto bastante peculiar do ciclo biológico deste lagostim, e dos demais membros da família Cambaridae, é a alternância de duas formas nos machos, reprodutora (forma I) e não-reprodutora (forma II). Desta forma, possuem um dimorfismo cíclico, alternando períodos de atividade reprodutiva e períodos de crescimento somático. Após um período reprodutivo que dura 8 a 9 meses ao ano, passam por uma muda, revertendo para uma forma sexualmente imatura. Nesta fase, os machos não têm ganchos copuladores e os órgãos copuladores são amolecidos e de cor clara. Porém, são bastante ativos, alimenta-se vorazmente, com um crescimento rápido. As fêmeas também apresentam esta alternância nas formas, mas este só é evidente no seu comportamento, na receptividade aos machos."


Dica de Aquaterrário
Segundo as ir informações que li os lagostins vermelhos necessitam de um espaço grande que pode ser 30x65x45. A aquaterrário deverá ter uma parte imundada e uma parte emersa (óbvio). Com toca e TAMPA, pois que os lagostins são ótimos "alpinistas". Muito cuidado ao colocar algum outro animal com os lagostins, eles podem virar comida. 

Vídeos
Acasalamento

Eclise 


Fonte:
http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=26&id_subcategoria=22&com=1&id=77&local=2
http://trabalhoartropodes.blogspot.com.br/
http://www.planetainvertebrados.com.br/index.asp?pagina=especies_ver&id_categoria=26&id_subcategoria=22&com=1&id=77&local=2


terça-feira, 10 de setembro de 2013

Vitalius Sorocabae

     Foi-me pedido para escrever sobre a V. Sorocabae. O que para mim foi um grande desafio, pois dos animais que se encaixam dentro do filo Arthropoda, que menos me chama atenção são os aracnídeos. Mas vamos ao que interessa de fato, informações sobre como se criar V. Sorocabae

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Família: Theraphosidae
Gênero: Vitalius
Espécie: Vitalius sorocabae 

Habitos: Terrestre, errante, fossorial. Sobretudo fossorial.
Significados:
ErranteSão errantes as aranhas, que não tecem teia. Normalmente Capturam presas esperando a aproximação de suas vítimas para em seguida subjugá-las após um rápido ataque. 
Fossorial: São aranhas que têm hábito de se enterrar.

Temperamento: São apreciadas por serem aranhas calmas, mas é preciso cuidado, isso varia muito de individuo para individuo. 

Temperatura: A temperatura IDEAL varia entre 22ºC e 27 ºC. 

Umidade: Em torno de 60% a 70%. Alguns criadores utilizam até 75%. Porem, trata-se de uma espécie resistente aos descuidos de criadores desavisados, podendo aguentar taxas mais baixas.

Tempo de Vida: Machos entre 6 e 9 anos e a fêmea 10 e 15 em habitat natural. Em cativeiro à casos que ultrapassam os 15 anos.

Tamanho: Até 18 cm.

Alimentação: Sua dieta inclui grilos, baratas e gafanhotos, podem eventualmente comer filhotes de roedores.

Reprodução:Normalmente a reprodução desta espécie é fácil. As fêmeas aceitam os machos com facilidade. As ootecas demoram aproximadamente 2 meses para serem postas e entre 1 a 2 meses para eclodirem e dela saem aproximadamente 600 slings com mais ou menos 0,4 mm.
O crescimento dos slings é quase sempre lento, no entanto mais veloz do que em espécies do mesmo gênero como Vitalius longisternalis ou Vitalius paranaensis.


Ok, mas como colocar meu casal para cruzar? 
"O macho tece, regularmente, a teia espermática, na lateral do terrário, a qual se parece com uma “barraca”, na qual ele deposita o esperma e, posteriormente, entra em baixo desta, com a parte dorsal voltada para baixo e as patas para cima, recolhendo o esperma com os bulbos (como se fosse uma seringa de injeção), só depois ele estará apto a copular com uma fêmea. É necessário colocar o macho no terrário da fêmea logo após ele fazer esse procedimento, para garantir uma maior chance de a fêmea ser copulada. O macho fica vários dias com o esperma “ativo”, mais quanto antes melhor. O clima adequado é quente (verão).

Coloca-se o macho dentro de um pote com furos (qualquer pote plástico que tenha espaço para o animal se mover um pouco serve), e coloca-se este no terrário da fêmea (relembrando que a fêmea deve estar maturada). O pote deve estar bem fechado, apenas com os furos de cerca de 1 cm, para a fêmea não entrar e matar o macho. A fêmea também deve estar bem alimentada para reduzir os riscos de ela matar o macho após a cópula. Com o passar dos dias (geralmente leva cerca de uma semana) a fêmea se aproxima de uma forma menos agressiva e começa a vibrar e bater com as patas no chão, próximo ao pote do macho. Este é o momento de soltar o macho do pote com a fêmea, e ficar bem atento e preparado para a separação em caso de briga. Sempre se deve estar em mãos com algo para separar (uma prancheta para papeis ou uma régua) e um pote para prender e retirar o macho. A cópula pode demorar poucos minutos ou até horas, e durante todo o processo deve se estar atento. Quando os dois estiverem se separando, deve-se rapidamente interferir com algo (a régua ou a prancheta) e já colocar o pote sobre o macho e retirá-lo do terrário.

Para uma maior porcentagem de sucesso, pode-se repetir a operação, no dia seguinte, copulando o macho com a fêmea novamente e seguindo todo o processo já descrito anteriormente. Alguns criadores copulam mais de cinco vezes seguidas seus animais."

Curiosidade
"O dimorfismo sexual nas aranhas, é caracterizado pela presença de bulbo copulador (localizado nas extremidades dos pedipalpos) nos machos. O acasalamento ocorre com o macho introduzindo o bulbo copulador, contendo o esperma, na abertura genital da fêmea. Após o acasalamento, o conteúdo espermático fica armazenado numa estrutura denominada espermateca. Os ovos são fertilizados no momento em que a fêmea realiza a postura. Para armazená-los, é construída uma bolsa, elaborada com fios de seda, chamada ooteca"

Dica para terrário
Um terrário de 40x30x35 está de bom tamanho para uma Vitalius Sorocabae adulta. Recomenda-se colocar 15 cm de substrato, pois como já vimos acima é uma animal com hábito fossorial. Deve-se misturar aproximadamente 65% de terra para 35% de pó de coco e casca de pinus. Deve ter um esconderijo.
Obs: Se houver o esconderijo ela poderá trocar o hábito de se enterrar por se esconder no mesmo. Faz-se, assim, desnecessário os 15 cm de substrato e a altura do terrário pode ser adaptada para medida inferiores. 


DOWNLOADS
(Informações complétas sobre maturação, sexagem, reprodução e etc)
Manual de criação - Caranguejeirar
Página do Download 
as

Vídeo ilustrativo 

Falar sobre esta espécie é um assunto muito amplo. Como faço em todos os post aconselho e pesquisar mais. Escrevi apenas um resumo. 

Fontes:

domingo, 8 de setembro de 2013

Bicho-da-seda (Bombyx mori)

Devido a discussões amigáveis sobre o famoso bicho-da-seda (Bombyx mori) em um grupo do facebook resolvi pesquisar mais sobre este curioso animal. Aqui segue os resultados da minha pesquisa:  
REINO: Animalia
FILO: Arthropoda
CLASSE: Insecta
SUPERORDEM: Amphiesmenoptera
ORDEM: Lepidoptera
SUBORDEM: Glossata
SUPERFAMÍLIA: Bombycoidea
FAMÍLIA: Bombycidae
GÊNERO: Bombyx
ESPÉCIE: Bombyx mori 


Ciclo de Vida
 "O B. mori apresenta um ciclo de vida típico de Lepidoptera, com quatro estadios distintos: ovos, lagartas, pupa e adulto, e finalizando com a metamorfose, as lagartas passam por cinco estadios que é classificado em 1a, 2a, 3a,4a e 5a idade. O bicho da seda tem uma dieta herbívora, alimentando-se basicamente de folhas de amoreira fresca, aumentando quase que setenta vezes seu tamanho original e ocupando quatro vezes mais o espaço inicial. Depois de 5 semanas, quando a lagarta está no 5º estadio, ela para de se alimentar, inicia a fiação do casulo e se converte em pupa, mais tarde esta se transformará em uma mariposa"

Compreendido isso vamos ao que interessa de fato a todos que estão lendo este post: Como criar o bendito bicho-da-seda.

AMBIENTE - nos primeiros sete dias de vida, durante a primeira e a segunda idade da lagarta, a temperatura ideal para o local de criação é de 26 a 27 graus e umidade relativa do ar de 90%. Na terceira e quarta idades, são recomendados de 24 a 25 graus e umidade de 75%, enquanto na quinta idade o ideal é 23 graus e umidade de 70%. 

ALIMENTAÇÃO - Folha de amoreira (o cultivo de amoreiras é feito por estacas, que podem produzir folhas por um período de 15 a 18 anos para alimentar o bicho-da-seda)

REPRODUÇÃO - ocorre na fase adulta da mariposa, que surge a partir da transformação da lagarta dentro do casulo. Após o acasalamento, a fêmea inicia a postura dos ovos, que chega a somar de 400 a 500 unidades.


DICA PARA O TERRÁRIO

Aconselho um terrário alto, com medidas aproximada de 30x30x60. Dentro do terrário um pequeno pote com água onde serão colocados os galhos com as folhas da amoreira. Este pote deverá ser tampado para que as lagartas não caiam e possam se afogar. Os galhos devem ser repostos sempre que as folhas começarem a murchar ou falte alimento. Esta dica é eficaz para criações pequenas e para ter um visual elegante, mas as lagartas podem ser criadas até em caixas de sapato e se for grande a quantidade será muito comodo ficar trocando os galhos do pote e ficará mais fácil se colocar o galhos no chão do terrário, logo, este não precisará ser alto. Segue uma foto do terrário indicado para criação de poucas larvas: 



Curiosidade
Estas mariposas que produzem a seda (B. mori) foram domesticadas a cerca de 3.000 anos a.C, nos países asiáticos (possivelmente na China), e por isso não conseguem sobreviver no ambiente natural. Vivem apenas criadas pelo homem de quem dependem para serem alimentadas e não conseguem voar. É como dizer que suas asas atrofiaram nestes séculos de domesticação.

Vídeo



Escrevi o básico. Entrem nos sites a baixo e pesquisem mais! 


http://www.dbc.uem.br/laboratorios/Bombyx.htm
http://revistagloborural.globo.com/GloboRural/0,6993,EEC1674242-4530,00.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bicho-da-seda

Definição de invertebrado

São chamados de invertebrados todos os animais que não possuem crânio  e nem coluna vertebral. Os invertebrados são animais extremamente difundidos entre todos os meios. Estão no mar, nos rios, em baixo e em cima da terra e até nos ares. 
Eles somam mais de 95% de todas as espécies catalogadas no mundo, isto é, a cada 100 animais cerca de 95 a 96 não possuem coluna vertebral! 
O número da patas destes animais variam extraordinariamente. Podendo ter mais de 100 ou nenhuma.

Vamos aos exemplos? 

Artrópodes (são meus preferidos):

Os artrópodes se diferenciam dos outros invertebrados, principalmente, pelas patas articuladas e exoesqueleto. 
Escorpião, aranhas, besouros e escaravelhos, lagostas, caranguejos, moscas, pernilongos, centopéias
Segue algumas fotos:
Pandinus Imperator 
Oligoxystre Diamantinensis


Insetos:
Suas principais características são: Possuir um par de antenas, três pares de pernas e corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.
Alguns exemplos são: 
Gafanhotos e grilos, baratas, formigas, etc
Segue algumas fotos: 
Gromphadorhina Portentosa 
 Formicidae


Existem ainda inumeráveis classes de invertebrados, vale a pena pesquisar mais.
Fotos retiradas do google.